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terça-feira, junho 30, 2009

Verborragia internética


Cansei de tanta informação. 
Me asfixiei. 
Palavras jogadas ao léu nesse oceano de códigos binários.
"Seja bem-vindo! O que procura?" 
Nada. Só tô de passagem. Entrei por curiosidade... Não tô buscando "nada", quero chegar no início. Raiz. O final da linha, para desatar os nós.





Eu e uma amiga abrimos um blog onde escrevemos sobre nossas percepções da vida... quem é sensível, chega lá: www.comopapeldeseda.blogspot.com 

quarta-feira, maio 06, 2009

In-mundo

E aquele sorriso pueril
Estampado sempre no rosto?
 O mundo apagou.
E aquela beleza hormonal
Efervescente e transbordante
Rejuvenecedora e ofuscante?
 O mundo apagou.
E aquela alegria vibrante
Expurgante, contagiante?
A vivacidade, a esperança
A confiança na mudança?
 O mundo apagou.

Aos poucos
Aos montes
Nem nos montes se esconde
A desesperança
A morte no semblante,
Desmotivação constante,
A impotência intolerante
Diante do gigante.
A tristeza lacrimejante
Tortura que apara
Dispara
Apaga 

O mundo apagou meu mundo
Num sopro lancinante
Inclemente
E a morte, a única verdade indiscutível,
É a certeza do que é incerto.
Desconhecido
O abismo:





In-mundo.

sábado, março 07, 2009

Acredita

Vai parecer exagero, mas conforme o título: acredite. (Aliás, esse título vai ser o mote de todas as trajetórias) Tenho verdadeira história com a CAPRICHO (que bonitinho). Vou contar. (:

O ínicio
Na época em que Skank era o maior sucesso com o recém-lançado MTV Ao Vivo e legal era assistir (e ser) Chiquititas, eu comecei a ler CAPRICHO (que mamãe comprava - eu não tinha 'mesada' - ou que eu emprestava de alguma amiguinha), para ficar antenada nos assuntos que me importavam. Foi a CAPRICHO que serviu como modelo para o meu grupo da sétima série criar uma revista - tiramos a nota máxima na sala. (:

Assim, quando meu pai comprou uma revistaria no centro da terceira cidade que eu morei (pois é, verdadeira nômade), não hesitei nem fiz corpo mole para ajudá-lo (e mesmo se fizesse, teria ido na marra). Lá eu poderia ler todas edições! Foi aí que comecei a colecionar essa senhora (pra quem não sabe, a CAPRICHO tem 57 anos !! ) com corpinho de adolescente e a participar, mandando e-mails comentando as matérias. Alguns dos meus comentários foram publicados. E a vontade de participar foi crescendo...

Edição Março de 1987. Eu estava prestes a ser concebida...

Mesmo depois que a revistaria virou livraria-sebo, me mantive fiel à leitura da revista. Com a invenção do projeto do meu pai, "O Livro que Anda" (você levava um livro seu, pagava um real - dependendo do livro - e trocava por outro. Depois você fazia o que quisesse com ele, trocava de novo, ou deixava nos bancos da praça pra alguém ler), mandei um e-mail para a redação, que gostou da ideia e resolveu fazer uma materiazinha.

A partir daí, pensei: "Quer saber? Não é difícil como eu pensava. Basta a gente acreditar e ir atrás." Então, não é surpresa dizer que quando o Tudo de Blog surgiu, me inscrevi.


O Tudo de Blog, pra quem ainda não sabe, é um grupo de garotas (e agora garotos) escolhidos pela editora pernambucana Nathalia Duprat para colaborar... escrevendo! Escrevendo sobre as pautas propostas (na qual muitas nós que propusemos - olha a democracia) pela revista. A cada edição, 3 textos são escolhidos e publicados. E ainda há espaço para mais algumas indicações (com tantos textos bons, 3 é judiação). No final do ano, o/a autor/a do melhor texto ganha um estágio na redação da CAPRICHO, em São Paulo, enquanto as outras 4 melhores recebem assinatura de 6 meses da revista.
Quando saiu a divulgação na revista, vi no TDB a chance de poder expressar minha opinião, minhas ideias. Mas, com tantos blogs bons por aí, entrar ia ser difícil. Mas não custava tentar. (Acredita!) Mal me contive quando fui selecionada. Reativei um dos inúmeros blogs que tive, e passei a exercitar minha escrita (e como era ruizinha hahaha).
Foi uma verdadeira escola para mim.
Fazer parte de um grupo tão grande, com mais de cem meninas talentosíssimas, de todas a partes do país, é um privilégio. E um prazer. Por todas (ou a maioria) serem muito jovens, vivas, há uma efervescência de ideias, que sempre resultam em novas e criativas invenções. O TDB deu muito certo e merecia mais destaque. Foi aí que ganhamos um espaço no site. A partir de então ficamos incumbidas em escrever para as duas mídias. O que não incomodou ninguém. hahaha
Prêmio incalculável
Acredito que ninguém entra no TDB com a intenção de vencer. O mais legal é participar, ver seu texto publicado, interagir e crescer. Foi assim comigo. A ideia de vencer estava longe. Fui apenas me desenvolvendo no decorrer das pautas. Passava por uma fase de mudanças drásticas na minha vida. Estava decidida a voltar para São Paulo, buscar meu sonho, fazer minha vida. E foi o que fiz. Mesmo sem internet (aliás, dos 3 anos que participei do TDB, 2 eu acessei em lan-houses. Escrevia em casa - ou não - e ia para a 'net'), fazia o possível para postar. (Acredita!)
Quando recebi o e-mail da Luise informando que eu tinha vencido o concurso, a vontade foi de berrar. Gritar, esvaziar o peito. Cheguei a ligar para uma amiga, mas ela não atendeu o celular. Saí imediatamente da lan house para poder contar a novidade pro pessoal que trabalhava comigo. 2007 foi o ano que passei Dezembro inteiro dentro de loja. Só que não como consumidora, como vendedora. hahaha Na véspera do feriado, fui "almoçar" às 17h. Tudo para garantir uma comissão boa, conseguir fazer minha matrícula na faculdade de jornalismo.
Negócio da China
Quando a Nathy nos contou sobre a novidade, ficamos animadas e muito honradas! Seríamos apoiadas pela Always, a marca de absorventes. Cada uma receberia em casa um kit. Em troca, no selo que determina que somos colaboradoras CAPRICHO, seria agregado o logo da marca. Coisa simples, né? Mas cada blog, dependendo, chega a ter mais de 500 acessos por mês. Quando um texto é publicado no site ou revista, só em um dia pode chegar a ter mais de 300 pagesview. Multiplique esse número por 100. Pois é, para um anunciante é uma ótima estratégia de Marketing.
Esperamos ansiosamente por nossos kits. Depois de quase dois meses (?), recebemos as encomendas. Foi decepcionante. Dois absorventes para cada blogueira, sendo um deles um protetor diário (quem raios usa isso?!?!). Que tipo de apoio/recompensa é essa? Não contentes, deixamos expressos nosso descontentamento e frustação. Então, a Gil da redação, tratou de arrumar a casa. Foi a própria Gil quem escolheu e assinou mais de 100 cartas pedindo desculpas. E dessa vez, um kit digno: caderno, legging e cartela de adesivos CAPRICHO. Justiça feita. (Acredita!)
Amizade
Participar do TDB não é apenas "ser da CAPRICHO". Eu afirmo com convicção: nunca estive num grupo tão legal e unido antes. E ter outro igual vai ser difícil. Incomparável. Mesmo sendo a internet um meio tão impessoal, as tudodebloguetes se sintonizaram de tal forma que daí surgir amizades foi natural. Mesmo com mais de 1.000 km de distância e ideias nem sempre equivalentes. Vou sentir muita falta de participar dos fóruns na comunidade do orkut e de receber os e-mails da Nathy. Mas não é porque saí do o grupo que vou deixar a amizade acabar. Até porque, se é amizade mesmo, não acaba nunca.  
Por isso, quando você vir um selinho colorido e fofinho escrito "colaboradora CAPRICHO" em algum blog, acredite: esse blog é dos bons.
Um beijo à todas minhas ex-colegas e amigas tudodebloguetes (que estão na lista ao lado - ou não); um especial à Gil, que cuidou do assunto com tanto carinho e à melhor chefa que já tive na vida. (:

terça-feira, fevereiro 17, 2009

Me joguei

É irônico. Irônico e torturante. Jamais imaginei que isso fosse acontecer comigo. Era coisa de novela, imagina! Mas voalá! A gente pode (e deve) se preparar para tudo nessa vida. Se a vida é como o mar e vem em ondas, fui pega por uma gigante. Ou me atirei, melhor dizendo.
"A hora do sim é um descuido do não". Sei lá, sei não. Será? E o não, não seria o orgulho do sim? Comigo foi. Orgulho, medo e desejo. Realmente, dessa combinação só poderia resultar uma boa história. Se o final vai ser feliz? Depende. Talvez para algum dos lados. Talvez por um momento. Talvez não. Depende do que a gente vai fazer.

...

O que eu sinto é uma mistura de alegria, agonia, ansiedade... e medo, claro. Alegria porque reconheci o amor. E como é lindo! Esfuziante! Agonia porque tem um obstáculo, e eu posso cair a qualquer momento. Como duas amigas, agonia e ansiedade caminham de mãos dadas. E logo atrás delas, o temeroso medo, que adora me perseguir. Esse passeio vai dar o que escrever.

...

Explosão, um estrondo. Como a queda de uma grande onda, na qual ainda me encontro submersa. Mas não vou morrer afogada. Iemanjá, minha mãe, vou lutar bravamente para voltar à tona; não posso permitir que esse mar revolto me carregue e deixe que eu morra na praia. Eu me arrisquei. Eu quis entrar nesse oceano, mesmo sabendo das suas péssimas condições. Suicida? Pois é, talvez esse seja o grande segredo. Ou talvez eu seja mesmo louca.

segunda-feira, dezembro 15, 2008

Incrível...

... como o ser humano pode ser desprezível, não?



Gostaria de deixar clara aqui toda minha insatisfação com a espécie.

UPDATE:
Sandália agulha
Se eu pudesse, eu jogaria um sapato bem sujo e fedido em homens sem atitude; nos covardes; em pessoas arrogantes/petulantes/egocêntricas - considero todas da mesma categoria. Jogaria também naquelas pessoas que tratam outras como se fossem números e que brincam com sentimentos alheio como se fosse um iô-iô. Ah!, há também aquelas que se aproveitam do talento ou ingenuidade próxima para se beneficiar. Essas pessoinhas também mereciam um forte bombardeio de sapatos.
Pensando bem, o ideal seria jogar sandálias, pra que todos sentissem o peso e a dor que um salto alto causa. Aí sim daríamos uma lição com classe.

Para o TDB "Em quem você jogaria um sapato"? Pauta inspirada por um jornalista vesgo iraquiano atirou sapatos em Bush durante uma coletiva no Iraque. Muito a calhar no momento!

domingo, outubro 26, 2008

Divagação

Procuro a palavra certa,
Que exprima o que reprimo,
Não sei se verbo ou substantivo.

Essa confusão sentimental
Me atormenta, até onde chega
Minha paciência, o quão (in)finito é
Esse amor.

Adorável, adorável!
Perturba meus sentidos,
Nina meus tímpanos,
Habita meu íntimo,
Muda meu ritmo.

Pra quê negar?
Que medo é esse, de amar...
Posso ouvir o que dizes
Quando te pões a calar.
Sob teu olhar decifro
O que insistes em adiar.

Confinamento - só lamento
Constrangimento - seu tempo
Comprometimento - me abstenho
Lento - teu predicado, um adjetivo.
Nem verbo, nem substantivo.

terça-feira, outubro 07, 2008

Excuse me Mr!

Eu gosto muito de assistir palestras. Mesmo não sendo uma roda de debate, sei que há espaço aberto à discussão, questionamento ou esclarecimento. Depois que voltei para São Paulo, motivada pelo curso de Jornalismo e pela ansiedade em expandir meu conhecimento, não perdi a oportunidade de comparecer nas que me pareciam ser interessantes. Mas a cada palestra que vou, mais fico frustrada.

Fico indignada em ver como os convidados fogem, escapam pela tangente das perguntas mais polêmicas, como, ao invés de aproveitar a ocasião – estar reunido num lugar onde as pessoas estão realmente interessadas em se aprofundar, entender e problematizar o assunto em pauta, pessoas que têm o mínimo conhecimento pelo tema – para discutir de fato sobre o assunto falado, preferem apenas “dar uma aula” mostrando sua experiência e ilustrando com exemplos do veículo que trabalha.

Não sei dizer ao certo quantas palestras que fui conferir desde o começo do ano, e que me deparei com essa situação. Mas foram mais de 5. Ninguém se atreve a argumentar fervorosamente, ninguém se exalta, ninguém se indigna. Eu vejo o conformismo sentado à minha frente, me dizendo com autoridade e, muitas vezes, petulância, para ser fiel às “normas do jornalismo”, ressaltando o quão importante é a apuração, credibilidade, a instantaneidade e blábláblá.

Chega a ser irônico até. Lutou-se tanto pela liberdade de expressão, pelo fim da censura na imprensa, e agora, depois de conquistada, ninguém faz uso de sua voz! Será que só sob (o)pressão as pessoas descruzam os braços e põem-se a mobilizar e protestar? Que belo exemplo nos dá os mestres, doutores, super conceituados e experientes jornalistas! O exemplo claro de como nos acomodamos facilmente quando estamos num cargo bem remunerado.

Não vejo relevância nesses encontros. Além de me desestimularem, não me acrescentam nada! Sugiro aos organizadores de eventos do gênero que, das próximas vezes tragam sociólogos, antropólogos, filósofos, economistas e pensadores que estejam mesmo a fim de problematizar e discutir assuntos contemporâneos que nos influenciem direta ou indiretamente. Conteúdo de verdade pra quem quer questionar (e não perder a fé n) essa sociedade.


→ Voltei!

quinta-feira, setembro 18, 2008

Dream on, dreamer

O que seria do mundo se não fosse os sonhadores? As pessoas que vislumbram e escolhem seu próprio futuro? A diversidade e riqueza cultural devem muito à essas pessoas, que fazem o que o gostam e não acatam aquilo que lhes é imposto ou o que “o mercado pede”.O que será de nós se todos virarem administradores, publicitários e advogados? Quem irá nos entreter, se todos dizem que artista (músico, ator, bailarino, desenhista) não é uma profissão digna? Quem vai nos ensinar, se todos reclamam que professor é mal pago? São discursos que a gente ouve desde pequeno, e que vão podando nossos sonhos, até conseguir que nos conformemos com essa “realidade” do mundo capitalista e globalizado. Já reparou como tudo gira em torno do “capital”? Quanto você produz, quanto você lucra, quanto você pode gastar. Tudo vira cifrões na visão dos poderosos. Os mesmos que dizem o que devemos - ou não – fazer, justificando e tentando nos persuadir de que só o dinheiro e o que ele pode comprar, é capaz de nos fazer feliz.
Pois a minha bandeira é que você não desista de seu sonho. Não deixe que o apaguem! A vida é uma só, porque não fazer o que se ama? Alguém disse que “um homem sem sonho é um homem morto”. Morto, sem vida. Afinal, do que adianta a vida se não se pode fazer o que deseja, se não podemos aproveitá-la, usufruir o que ela nos oferece? Então, sonhe! E viva o seu sonho! Isso sim é ser feliz.

→ "Qual a sua causa?"

Esse é dedicado à todos os jovens que sofrem a pressão de escolher a profissão já tão cedo, que prestam o vestibular para o curso que os pais indicam (ou exigem). É para os futuros ex-adultos frustados. Lembrem-se: a escolha é de vocês, a vida é de vocês. Siga seus próprios passos. Se não sentirem-se preparados, esperem. Não tenham pressa. Acreditem no poder do (seu) sonho!

sábado, agosto 16, 2008

Orkut show



A curiosidade e interesse pela vida alheia sempre atiçou as pessoas. É a terceira coisa que – não só - o brasileiro mais gosta de fazer. Em primeiro lugar está reclamar da vida e dos políticos, no segundo lugar está criar feriados (ou seja, não trabalhar).
Não é a toa que programas como Vídeo Show vêm se perpetuando (já são 25 anos alimentando a curiosidade do povo) e servindo como modelo para programas genéricos na tv. Todos querem saber como é a “vida de artista”. Saber os gostos pessoais, os hobbies dos atores, cantores e aspirantes à artista, sempre deu audiência.
Mas a internet nos possibilita ir mais longe. No anonimato ou não, qualquer pessoa pode fazer pesquisas aprofundadas sobre o que (ou quem) quiser. Descobrir desde os blogs, fotologs, e etc, até quais sites a pessoa se cadastra.
Na era do individualismo, o Orkut chegou para a alegria e facilidade dos fofoqueiros e xeretas! O sucesso é tanto que ele deixou de ser “só para convidados”. E o Brasil lidera o ranking de cadastros.
No Orkut, as pessoas podem ser o que quiserem. Podem criar personagens. É o vídeo show dos anônimos que querem ser/ agem como famosos.
As pessoas tiram fotos nos mesmo ângulos, fazem as mesmas poses que as outras, copiam os perfis das outras. Querem ser mais confiáveis, legais e sexies que as outras. Querem ser capas de comunidades “VIPs”, “O mais gato (a) do orkut”.
Você vai à uma festa e tira foto "pra colocar no orkut". Pra mostrar como você é sociável, quantos (supostos) amigos você tem. Ah, sim! Você é muito popular! Tem mais de 900 amigos na sua página, né! Mas quantos desses você realmente conhece? Quantos você pode considerar como amigo mesmo?
O Orkut é o show do exibicionismo. E a gente vê o reflexo disso nas ruas. As pessoas não se vestem mais para elas. Se vestem para os outros. Não fazem mais o que querem. Fazem o que os outros vão julgar como legal. É triste. Deplorável.
No Orkut todo mundo experimenta a sensação de ser vigiado, de ser artista. E aí, no ápice do “estrelismo”, bloqueiam a página, apagam os recados... Sinto muito, mas quem apaga recado, pra mim, tem é rabo preso. É como o artista que não fala da vida pessoal. Tu não quer ser uma “pessoa pública”? Então porque não deixa sua página aberta? Por que apaga os recados??
Ah, tá. Você só quer mostrar o óculos novo que comprou para usar na viagem que fez pra Porto Seguro, né? Entendi...


→ "Você fuça a vida alheia??"
Falei.
P.S.: Desculpem a montagem tosca, mas tava sem saco paciência para ficar mexendo no Photoshop.

domingo, julho 27, 2008

Vamos curtir barato?

Eu freqüento festivais de música eletrônica. As polêmicas raves. Gosto de sentir os 140 bpm do som, não há muito o que explicar. O ritmo (potente!) da música me agrada. Fecho os olhos e danço até cansar. Gosto de sentir a forma como meu corpo reage a cada batida.
Mas de uns tempos pra cá, tenho escolhido à dedo os festivais que vou. Me desanima ver tantas pessoas fora de si, indo nas festas só para se drogarem. Se drogam, ficam mordendo o cabo do pirulito, tiram fotos e colocam no orkut. Ridículo.
Virou algo banal se drogar. Só o simples fato de chamarem êxtase de “bala” e LSD de “doce”, já tira toda gravidade que elas causam. Porque de bala e doce, eu adoro. Como sem culpa. Só faz mal pros meus dentes. Mas êxtase e LSD, afetam meu organismo e meu cérebro. E, desculpa, mas eu não acho nada legal perder o controle dos meus movimentos, das minhas ações. Não vejo sentido em me drogar pra “esquecer dos problemas”. Isso, a gente resolve com atitude, mão na massa e vergonha na cara.
E pra quem diz querer curtir um barato, pergunto se já viu o pôr-do-sol dentro do mar. Uma viagem impagável - em todos os sentidos.
Saber "aproveitar a vida" é isso. Usufruir o que ela te oferece de graça, e que você possa curtir em sã consciência. Porque nada melhor do que ter uma boa experiência, lembrar dela depois e dividir com alguém.

→ "Porque as pessoas se drogam?" Difícil escrever essa, hein.
Assim como com a bebida, as pessoas se drogam porque querem. Por que, peloamor, com tanta informação sobre os malefícios que as drogas causam, nego só paga pra morrer porque quer. Quer experimentar, esquecer, viajar, se integrar... enfim, usam como álibi n motivos. Arranjam uma culpa pra justificar o uso da droga...
Queria saber até onde vai chegar isso. Ou quando que as pessoas vão criar bom senso. =/

P.S.: Um desabafo aqui. Apesar de todo mundo me achar maconheira, eu não fumo. Eu ODEIO cigarro - e tudo que se fuma. Mas esse meu jeito tranqüilona, a péssima memória pra algumas coisas e, claro, o estigma de que surfista-é-tudo-maconheiro, contribuem muito pra que as pessoas achem isso. Fazer o quê? Ainda bem que quem fuma maconha é boa gente. haha

P.S.S.: Para quem quer conhecer (ou pra quem acha que conhece) a filosofia das raves, vai o link do Manifesto pela Liberdade. Lá tem um vídeo explicativo e tudo o mais.

sexta-feira, julho 25, 2008

Eu sou dragão

Carrego um dragão furioso dentro de mim.
Faminto, Insaciável.
Seus gritos sufocantes ecoam dentro do meu peito.
Meus dentes se comprimem, fazendo trepidar meu maxilar, alucinados diante de tanta ferocidade.
Eu quero rasgar, quebrar, estilhaçar essa capa envolvente.
Estou louco pra voar, soprar fogo por aí.
Preciso me desprender dessas correntes!!
Sinto que há vendas que me impedem de buscar uma direção pra fugir.
Não sei o que fazer com tanta força.
Me sinto incapaz de usá-la. Encurralada.
Cada vez que inflo os pulmões, sinto o cheiro de carniça. E quanto mais podre e fétido é, mais vigor ganho, mais forte me sinto, mais energizada fico.
A sensação de impotência me fortalece.
Solidifica minha condição, enaltece minha missão.
Eu sou dragão ancorado nas profundezas.
Mas enquanto eu ouvir a canção que rege meu coração, esse dragão, vou continuar buscando sair desta prisão.