segunda-feira, fevereiro 07, 2011

Formigas, calor e 2012

      Saio do shopping em busca de ar fresco e sossego. A “praia” paulistana é movimentada, barulhenta, ofuscante e de temperatura baixa. Lá fora, o clima é quente e úmido, e bem menos frenético. A sensação é de que, longe das luzes, vozes, cheiros e imagens, o tempo passa mais devagar.

      Olho para as formigas no chão. Elas parecem desorganizadas, perdidas. Não acredito que elas nos invejem. Penso que devemos estar em situação tão preocupante e irremediável, que a única coisa que resta é colher o hoje do amanhã. Talvez elas sejam um espelho de como nós humanos estamos nos comportando.

        Os jornais anunciam recorde do uso de água e energia elétrica. É verão, mas a temperatura está acima da média. É o fruto do “aquecimento global”. Há anos convivemos com o fato de que a Terra está mais quente, que o volume dos oceanos está aumentando, as geleiras derretendo, os animais morrendo... que o consumo desenfreado é um dos principais responsáveis por tudo isso e que deveríamos desacelerar, reutilizar e nos reeducar. Mas desde que cientistas comprovaram as conseqüências da alta produção, nada mudou. Para o nosso próprio azar, só piorou. O consumo continua inconsciente e inconsequente, as tragédias de acumulam, a natureza não perdoa. E ninguém parece dar a mínima.

    Se por um lado avançamos incrivelmente nos setores de tecnologia e ciência, nos perdemos completamente em outro: na humana, no modo como lidar com tanta informação. Sinto que faço parte de uma história de ficção científica, ou em quadrinho, ou mesmo de um conto mitológico. “A espécie levou anos e anos para avançar, adquirir conhecimento, para então, uma tragédia, uma força maior do que as máquinas que puderam construir, venha e destrua tudo”. E destrua com a justificativa de que não merecemos tudo aquilo/isso. E talvez seja mesmo isso. Lembro da profecia dos maias e de outras culturas, que retrataram a história de grandes civilizações que estavam no auge da sua evolução e então a natureza veio e desfez, como se dissesse: “Agora comecem de novo, façam melhor”. Fecha-se um ciclo.

        Cães farejadores conseguem reconhecer o câncer do intestino, mas ainda não se sabe qual substância ou qual odor eles reconhecem. Estaremos próximos de uma descoberta? Ou será que iremos todos morrer sem solucionar essa questão? Penso em 2012. Não sei o que vai acontecer. Se um grande eclipse, se ficaremos sem ver o sol por dias... não sei. Mas acredito que vai ser muito necessário. Um ciclo vai se fechar.


Curiosidade: Em 2011, teremos as seguintes datas: 1/1/11 , 11/1/11, 1/11/11, 11/11/11. Some os dois últimos números do ano do seu nascimento mais a idade que você vai ter em 2011. O resultado será.... 111!

sábado, setembro 04, 2010

Aprendendo a se equilibrar - a história do menino pássaro


Pai e filho estavam se preparando para um grande evento na vida de ambos. Depois de ter se comportado razoavelmente, o papai noel resolveu presentear o menino com uma bicicleta.

Era um domingo quente de verão. O menino estava ansioso - seus amiguinhos já tinham bike - ,queria sair logo pedalando.
Mas o pai, antes, conteve o filho, ajoelhou-se ao seu lado e disse:

- Filho, você não vai aprender somente a andar de bicicleta. Vai aprender também a achar o seu eixo, seu ponto de equilíbrio. Vai descobrir com qual velocidade é melhor para passar em lombadas, como fazer curvas e desviar de buracos... E não tenha medo de cair, isso é importante! Mesmo que doa, o chão determina que você foi até o limite. Que não somos super-heróis, que nosso corpo é frágil, e devemos cuidá-lo. Você e a bike serão uma coisa só. Entenda como ela funciona, acertem o ritmo. Com o tempo, você vai se habituar a ela, e aí não vai precisar mais das rodinhas... Pode ser até que você não precise mais das mãos! Mas isso é só depois de um tempo, depois que encontrar o equilíbrio e descobrir seu limite. Isso você vai aprender sozinho. Hoje, eu estou aqui pra te ajudar, mas vai chegar um dia em que você vai querer sair sozinho, e então terá de cuidar de si mesmo.

O menino ouviu atentamente a todos os conselhos do pai, que depois o ajudou a colocar o capacete e explicou como pedalar e segurar no guidão.
Saiu cambaleando feliz com sua primeira bicileta. Correu, caiu, ralou o joelho, chorou. O pai saiu correndo atrás, limpou o machucado com a água do squeeze, deu beijinho pra sarar. E foi assim, durante uma semana das férias, os dois saindo juntos para treinar.
Até que um dia o pediu para que o pai tirasse as rodinhas traseiras.
E então o menino virou pássaro.

Arte: Cabelo - www.igualvoce.wordpress.com

terça-feira, abril 06, 2010

Frio por Henfil


Hoje foi um daqueles dias em que a gente atrasa ao máximo para levantar da cama.
Dormi e acordei com a chuva caindo lá fora. Faz duas semanas que o outono começou (teoricamente), mas a chuva e o frio só chegaram há três dias – mais para inverno do que outono. Ficar quentinha debaixo das cobertas parece ser a melhor opção. Pelo menos é isso que o corpo sente.

Com muito custo e tendo atingido o nível máximo de enrolação possível, finalmente me entreguei à rotina. Fiz uma série de exercícios para aquecer o corpo, troquei o pijama quente por uma calça de moletom e a única blusa de frio que trouxe. Este lado de Minas Gerais em que estou é alto e por isso bastante frio, mas não esperava este frio.

Uma pilha de roupas e livros esperavam que eu os guardasse em algum lugar. Abri uma das caixas de livros e me deparei com uma série de exemplares do Fradim, criação de Henfil.

Por coincidência – ou não -, abri uma edição (número 19 – Maio/Junho 1977) na qual Henfil reproduz uma carta que escreveu para seus amigos e parentes durante a época em que morou em Nova Iorque. Na carta, que vou compartilhar com vocês, ele descreve um dia de nevasca na Big Apple, e como o frio aproximava e desmecanizava as pessoas. Critica o afastamento com a natureza, a automatização a qual estavam se entregando... enfim, apesar de datar 1973, a carta é tão atual como há 33 anos atrás.

CARTAS DE UM SUBDESENVOLVIDO
Durante os dois anos em Nova Iorque (73-74), eu escrevi perto de 600 cartas para os amigos e família. Nelas eu contava minha traumática via-sacra pelos hospitais americanos e os detalhes de minha experiência num sindicato distribuidor de quadrinhos. As cartas foram recuperadas e sairão com todas as imperfeições do meu subdesenvolvimento intelectual e gramatical.

New York, 19 de dezembro de 1973

Zéduardo, mano velho.
Parou de nevar, mas a rua ainda está coberta pelo lençol branco e danado de bonito. Tá virando lama em alguns lugares, principalmente onde passam os carros. Não seria o caso de se proibir a circulação de carros durante as nevadas? Eles estão sujando o maior espetáculo da terra. Não é a neve que é shit, shit é o que os automóveis fazem com ela.

Pois hoje de manhã saímos eu e Bê no meio do gelo. Fomos até o Central Park ver a neve na floresta que tem lá. Uma beleza rapaz. E alguma coisa acontece na gente, nas pessoas, no metabolismo nosso. Todo mundo parece mais comunicativo, há uma alegriazinha infantil no ar, nas gentes. Talvez seja porque a gente se integre novamente na natureza. Talvez só a neve, to pensando nisto agora, só a neve consiga vencer a cidade, a tecnologia, o artificialismo, os carros, enfim o pré-moldado em que transformaram a cidade onde vivem os homens. Ela pára os carros, quebra os horários, desracionaliza tudo. De repente parece que o piloto automático que tudo comanda é desligado. E o controle passa pra gente. Você tem que, com as suas mãos, limpar a rua, os caminhos onde vai passar, a porta da casa, tirar o gelo que cobre os carros.

Deixa ver se eu consigo explicar mais: quando chove, a cidade absorve a chuva, engole a água pelos seus bueiros e praticamente o tal piloto automático continua nos dirigindo. Mas a neve não. Não há escoamento. Ela vem e impõe seu esquema de vida. Você tem que lidar com ela pessoalmente. Se vestir pra ela. Abrir caminho por ela. Deixar de tomar o avião no horário por causa dela. Chegar atrasado no serviço por causa dela.

Me contou a Bê que sentiu a mudança no ônibus. Em geral é aquele silêncio. Pode estar cheio que as pessoas não se olham nem se falam. Vem a neve, dia de neve, o motorista do ônibus fica falante, há conversas entre os passageiros. Notou ela inclusive algumas pessoas assobiando ou cantalorando (nunca vi um americano assobiando na rua) (só negros, claro!). Sabe, você entra numa loja, lá dentro quentinho, é bom e você sente necessidade de falar com os que tão dentro: brrr que frio! Ou então: que quentinho aqui... E mesmo se não disser nada, comunicará com os olhos a sensação. Importante: você está sentindo o corpo. Hah! Outra prova do desligamento do piloto automático. Quando a gente anda é automaticamente. Ninguém pensa: estou andando. É mecânico. Mas com a neve não, Zé. Você tem que controlar passo por passo. Controlar o equilíbrio para não cair. E você vai seguindo as pegadas dos outros, observando as trilhas dos passos em busca do mais seguro.

Agora, mano velho, é frio! Putisgrila. Como é frio. Você pode estar vestido de tudo, a gente tava com capotão, dois suéteres por baixo (além da camisa), 2 a 3 meias de lã ( o pé fica enorme) dentro da bota acolchoada, ceroulas ( tive que comprar uma, fica ridículo, mas não tiro ela por nada, só a calça não dá) e luvas, que não adianta. Importante: tem que usar um gorro de lã na cabeça. Daqueles que só dão pra deixar os olhos de fora. E mais cachecol de lã. Pois bem, com tudo isto dá pra agüentar vamos dizer que uns 20 minutos andando (parado? nem pensar) na neve. Aí, Zé, cê começa a congelar, irmão! De repente você sente que o pé tá meio dormente. Tenta mexer os dedos e nota que tão ficando duros. As mãos também. Quando dá conta parece que tá gelando dentro da gente. Que o peito tá congelando. A respiração começa a ficar pesada. Que pânico, siô. Nem pensamos. Com o joelho ou sem joelho, comecei a correr. E mesmo assim não dava. Tivemos que nos enfiar no primeiro bar aberto (quer dizer, fechado e quentinho) e tirar as luvas pra ver as mãos já azulando, Zé! Solução é abrir uma torneira e molhar as mãos na água fria (em relação à temperatura da mão a água tá quentinha) e tratar de beber o que for quente. Depois desta epopéia (uns 8 quarteirões só, Zé) o negócio era chegar em casa, tirar os 10 quilos de roupa e entrar na banheira quente. É o céu, mano!

O Francis, me vendo no início do inverno vestido feito carioca na base do sapato sem meias, vivia me avisando: cuidado que você pode ter uma gangrena e vai ter que amputar os pés! Acreditei? Mas agora acredito. Minhas mãos estavam azuis, Zé!

Em casa a gente fica de bermudas, sem camisa. O aquecimento é perfeito, único problema é que resseca a gente. Não só a pele como o aparelho respiratório que chega a ficar ferido. Aí tem que ficar passando creme nívea e comprar um vaporizador pra humidificar o ar na hora de dormir. De vez em quando o gostoso era desligar o aquecimento pra poder dormir de cobertor, pra poder sentir o frio. Aí o que agüentava era o edredon que a dona Filhinha nos deu. Mas isto só quando a temperatura não estava muito abaixo de zero. Alias, não sei se a informação é certa, mas só neva a zero graus. Mais de zero e menos de zero não neva. E acredite: zero graus é agradabilíssimo. Claro, se não tiver neve.

Percebe? De repente você assume o comando da sua vida. Sua sobrevivência (mesmo) não é mais automática. Você tem que controlar tudo. Estocar comida pra sair o menos. Planejar a saída em termos de roupa. Comprar lenha pra lareira. Estocar óleo pro aquecedor. Vigiar os passos no chão traiçoeiro. E aí me lembro daquele livro do Vianna Moog (Bandeirantes e Pioneiros) onde ele compara a formação do Brasil e dos EUA. Uma das coisas que ele coloca como tendo favorecido aos EUA é a existência da neve. Ela obriga a uma sociedade mais organizada, planejada. Porque se não planejar vão morrer simplesmente no frio do inverno. No Brasil, como não tem inverno, não haveria nenhuma necessidade premente de planejar. Sacumé? Quando acaba a comida a gente providencia. Nos países com neve não. Se não planejou, no inverno não dá pra arrumar nada. Nem comida, nem calor, nada. E já pensou? Planejamento para 3 meses? Aí, o resto acaba se organizando também. Sei lá se isto tem profundidade científica. Só sei que quem não for formiga aqui, morre cigarra.

Por falar em o frio mata, fiquei sabendo pela Kim que só nos edifícios do centrim de Nova Iorque que tem o aquecimento central. No resto, em grande parte da cidade, cada um que se vire. Ou lareira ou aquecedor a óleo dentro da casa. E me disse ela que no Harém e no bairro porto-riquenho não tem é nada. Os caras pra dormir se viram é na base do cobertor! Como? Ela disse que eles reforçam os cobertores com folhas de jornais. Que a cama vira um acolchoado de jornais. Aí conseguem agüentar a barra. E mesmo assim há casos de gente morrendo de frio dentro de casa. E mais, Zé. Como não tem dinheiro pra comprar roupas boas e portanto eficientes contra o frio, eles se enchem por dentro das blusas de jornais. Em lugar de 2 ou 3 meias, jornais... haja N.Y. Times! A pensar que eu mais Bê desligamos o aquecimento só pelo prazer de sentir um friozim...

domingo, fevereiro 07, 2010

Our precious


Da série: livros que marcaram.


“Manu olhou Mestre Hora cheia de admiração e disse baixinho:
- É o senhor mesmo quem faz o Tempo?
- Não, menina, eu sou apenas o distribuidor; meu dever é dar a cada ser humano o tempo que lhe é consignado.
- E o senhor não pode arranjar facilmente um jeito para que esses ladrões não possam mais roubar o tempo das pessoas? – perguntou Manu.
- Não; as pessoas têm de decidir elas mesmas quanto ao uso que fazem do seu tempo. E devem também ter cuidado com ele. Só o que me cabe fazer é reparti-lo.
Manu lançou um olhar à sua volta e perguntou:
- É por isso que o senhor tem tantos relógios? Um para cada pessoa?
- Não, Manu. Esses relógios são apenas meu prazer – minha distração predileta – são simplesmente uma cópia muito imperfeita de algo que cada um tem no seu próprio coração. Assim como você tem olhos para ver a luz, ouvidos para escutar os sons, tem também um coração para entender o Tempo. E todo o tempo que não é apreendido pelo coração é tão desperdiçado como seriam as cores do arco-íris para um cego ou o canto da cotovia para um surdo.
- Que acontecerá quando meu coração parar de bater? – perguntou Manu
- Então, o tempo terá terminado para você. Ou pode-se também dizer que você mesma é que voltará através do tempo, através de todos os seus dias e noites, meses e anos: voltará através de toda a sua vida, até chegar à grande porta semicircular de prata, por onde no princípio você entrou e pela qual saíra de novo. (...)”


Recomendo fortemente esse livro. É de uma delicadeza a forma como Michael Ende trata questões tão complexas de explicar, como o tempo, a sociedade, a amizade (as relações em geral)... chega a ser filosófico. Muito mais do que "Alice..."!
Meu pai leu esse livro para mim quando eu ainda tinha dentes de leite. A história e todas as informações encrustadas através das metáforas e personagens, mais do que marcantes, foram digeridas e absorvidas por mim.
As novas edições mudaram o título para Momo e o senhor do tempo. Eu ainda prefiro "Manu, a menina que sabia ouvir" porque... bom, não quero estragar e contar tudo antes. Mas é preciso saber ouvir.


- Manu, a menina que sabia ouvir. ENDE, Michael.

Ilustração: Rui de Oliveira

segunda-feira, dezembro 28, 2009

Onde você quer chegar?

“ -Você poderia me dizer, por favor, qual o caminho para sair daqui?
- Depende muito de onde você quer chegar, disse o Gato.
- Não me importa muito onde... – foi dizendo Alice.
- Nesse caso não faz diferença por qual caminho você vá, disse o Gato.
- ...desde que eu chegue a algum lugar, acrescentou Alice, explicando.
- Oh, esteja certa de que isso ocorrerá, falou o Gato, desde que você caminhe o bastante.”


Para bom entendedor, uma metáfora basta.
Viver no mundo das maravilhas non-sense é alucinante em sonhos... Na vida real a coisa é séria. Nesta virada de década, vou definir qual caminho seguir. Porque a vida de adulto pede um caminho determinado....
Desculpe, Alice, mas vai ter que correr sozinha atrás do coelho...

sexta-feira, outubro 23, 2009

Seda


Acho que não comentei aqui, mas tenho outro blog com minha amiga Inara.
http://www.comopapeldeseda.blogspot.com/

Tenho atulizado mais do que os meus Devaneios.
Lá, não há regras. A gente publica o que sente, da forma como quiser, se quiser.
Papel de seda. A seda foi escolhida porque representa a metáfora de como nos portamos em relação à vida. A seda é delicada e é fácil de ser transformada. Qualquer intervenção, já não está como era antes...




Visite-nos e se deixe amassar um pouco (;

terça-feira, setembro 15, 2009

Pequeno

Eu não sei que dificuldade é essa que você tem em dizer não.
Você centraliza todas as decisões pra si, mas só resolve o que lhe convém.... naquele instante! Porque tudo lhe diz respeito! O que está em jogo são problemas SEUS! Não diretamente, mas são inteiramente SEUS!
Mas quando você não quer escutar, não tem jeito. É irredutível. Inquebrantável essa vidraça que nos separa.
Não adianta nem eu tentar me descabelar, você não vai sequer me olhar nos olhos

Oi! OLÁ!! TEM ALGUÉM AÍ??
Quando é que você sair da sua bolha?
Como é que eu faço pra estourá-la?
Sabe, eu tô tentando. Tô tentando derrubar o muro - ou pular (sei lá!) - tô tentando encontrar uma forma de acabar com essa distância que VOCÊ impõe. Mas parece que a cada passo que eu dou, você recua dois... 
Eu me esforço pra tentar resolver a situação da forma mais prática possível. Mas tudo depende de uma resposta sua. E é justamente esse o problema.
SIM ou NÃO? Tão simples.
Você não dá o braço a torcer, é isso, né? Você NÃO QUER DIZER NÃO. É demais pro seu ego, eu sei. 
Você ignora minhas propostas, oculta a sua resposta enquanto a coisa rola... é uma droga. Me enrola toda hora.
Você não admite ter que ser humilde. 
Pequeno.